We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Figas Diabo Negro

by Tiago Félix

/
  • Streaming + Download

    Includes high-quality download in MP3, FLAC and more. Paying supporters also get unlimited streaming via the free Bandcamp app.
    Purchasable with gift card

      name your price

     

1.
Ontem fiz uma canção Hoje fui destruí-la Ontem cheguei a uma conclusão Hoje acordei e perdi-a Ontem é que ia ser de vez Hoje nem tenho vontade Ontem era um caminho Hoje nem sei se é verdade Ontem só pensava n’hoje Hoje eu só penso n’ontem Não quero ser este agora Só não quero ser este agora.
2.
Saber Estar 02:40
Quando eu encontrar a voz Talvez sinta esse dia Passe a estar bem no ponto Estanque a sangria Talvez quando for homem Sinta os ossos crescer Me alargue também dentro Mais pele para envelhecer Talvez seja eu em dobro Se o futuro me apanhar Aprenda algo útil Que sirva para eu usar Quando eu for o que olho Qualquer coisa em português O fiel homónimo E me faça de uma vez Eu não quero aparecer Sem ser por trabalhar Já me dispo tanto aqui O que faço sou eu a estar.
3.
Talvez um dia Haja duas linhas Que eu saiba ligar Ou talvez tu mudes De ideias ou de dúvidas Até do que não se pode mudar E tu não gostas de homens Ou só não gostas de mim? Tu até gostas de mim Mas não gostas de homem Tu não gostas de homens Ou só não gostas de mim? Tu até gostas de mim Mas não gostas de homem Eu faço o que puder Só me falta ser mulher Se Deus existe preciso agora De um empurrão no meu caminho Mas como Deus não existe tenho Como sempre, que aguentar sozinho Minha mãe, eu minto-te quase sempre Que te digo que estou bem Se com esta idade eu nunca acertei Vou saber um dia amar alguém?
4.
Ganha-Pão 02:58
O que faço do meu ganha-pão Que nunca sai inteiro? Por ir medindo o dorso Pôr o detrás a dianteiro Devo ser eu o batoteiro O meu ganha-pão ganha-me sempre Não se ganha por mais que tente Meu rico ganha-pão Por onde é que começo? Se primeiro vem canção Se aquilo que não esqueço? Vens alimentar-me ou não? O que é então o meu ganha-pão Se não se nasce pra nada? Nem me soube fazer numa coisa Que já tivesse inventada Sem esforço e duma penada Porque é que vem tudo com sangue atrás? Porque é que é o bom tantas coisas más? Meu rico ganha-pão Por onde é que começo? Se primeiro vem canção Se aquilo que não esqueço? Vens alimentar-me ou não? Se todo este ganha-pão No fim der em nenhum? Pesado cada dia em vão Foi perdido em cada um Da fome de tantos anos Depois ficar em jejum Todo o tempo que gastei Não foi meu mas de algum Meu rico ganha-pão Por onde é que começo? Se primeiro vem canção Se aquilo que não esqueço? Vens alimentar-me ou não? Mas meu rico ganha-pão Se não me sai nada bem? Nem a massa leveda E fico eu aquém? Com os anos a somar Não alimentei ninguém Se nada disto ficar Nem eu vir que o fim vem?
5.
Já não durmo como uma pedra Vou tendo com que me preocupar Uma renda ao final do mês Mais uns dilemas para relativizar Somar os planos que já falhamos As merdas que tivemos que passar Se te queres conhecer melhor Não é agora em fotos antigas que te vais encontrar Descemos Lisboa de mão dada Dos Anjos até ao mar Fiz um disco novo Ainda não chega para nos sustentar Mas talvez dê um dia destes Talvez quando esta fase passar… Talvez no disco que vem Talvez quando reencarnar Ponho a venda nos olhos Sobre os meus amores-perfeitos Uns meses com a canção E já só vejo defeitos Se o horóscopo nos conhece melhor Então diz-me que cara é que o tempo tem Dinheiro nem fala, saúde tudo ok Haja alguma coisa que ainda não estraguei Quero acordar-te todos os dias Tou farto deste dia sim, dia não Já que não vamos fazer fortuna Não lhes deixes gozar-te o pão Onde quiserem carne fresca Somos vegan. Comemos da canção Ponho a venda nos olhos Sobre os meus amores-perfeitos Uns meses com a canção E já só vejo defeitos.
6.
Espelho 02:52
Olha-nos ao espelho O que é que vês? Nus e sem maquilhagem Parece tudo bem Olha-me ao espelho O que é que vês? Mais feio do que merecias Tento não ficar aquém Olho-te ao espelho O que é que eu vejo? Por fora a mais linda Mas por dentro também Parece que acertamos em cheio Desta vez é que foi de vez Parece que acertamos em cheio Desta vez é que foi de vez Meu amor, fomos feitos em par.
7.
Mariana não vás embora Que a cama já arrefeceu Eu aqui sozinho agora Parece que nada disto é meu Vamos ficar horas iguais Vamos deixar-nos sossegados A nossa casa, nós a ser pais Copiar vida de acamados Só não me fujas tu daqui Tenho tentado ser mais como tu E tudo o que eu mudei por ti Não sei se minguei ou se cresci Foi para não ires embora Vamos deitar-nos frente a frente E ouvir o Tio B os dois Ler o Herberto e de repente Escrevo uma canção contente Para ta cantar depois Ver o olho mais verde A crescer contra mim Ver o queixo mais aberto A vir contra mim E esta vida que nós dois levamos Se não nos levar a lado nenhum Então ficamos onde estamos Já que estamos os dois Vamos ficar horas iguais Vamos deixar-nos sossegados A nossa casa, nós a ser pais Copiar vida de acamados.
8.
Adeus 03:33
Mariana não vás embora Que a cama já arrefeceu Eu aqui sozinho agora Parece que nada disto é meu Vamos ficar horas iguais Vamos deixar-nos sossegados A nossa casa, nós a ser pais Copiar vida de acamados Só não me fujas daqui Tenho tentado ser mais como tu Tudo o que eu mudei por ti Não sei se minguei ou se cresci Foi para não ires embora Vamos deitar-nos frente a frente E ouvir o Tio B os dois Ler o Herberto e de repente Escrevo uma canção contente Para te cantar depois Ver o olho mais verde A crescer contra mim Ver o queixo mais aberto A vir contra mim E esta vida que nós dois levamos Se não nos levar a lado nenhum Então ficamos onde estamos Já que estamos os dois Vamos ficar horas iguais Vamos deixar-nos sossegados A nossa casa, nós a ser pais Copiar vida de acamados.
9.
Diapasão 03:12
Acordo à hora do costume Tento não me deixar ficar Só lá vou com régua de ferro Contra o remorso a embalar Entalo os lençóis na cama Talvez assim não caia de cá A camisa-de-força atada Cadáver esquisito chama de lá Dispo o pijama a ver Se me ajuda a render A farda na lama Para parecer a ser Seguir o pergaminho Capelinhas pela ordem Sei de cor o caminho As minhocas comem A carne suculenta O Poc a trabalhar Aos 20 peso 50 Sonhos velhos a congelar Ainda não esqueci os números Nem em que letra vou Mas tenho tudo apontado No batoteiro que sou Mas nem assim me avanço Indo contra os vendavais Deixo-me ao ritmo da terra Não quero correr mais.
10.
A minha vida agora é aqui Fui eu que escolhi Para quê me queixar? A minha casa agora é aqui Fui eu que pedi Porquê me queixar? Eu agora sou assim O que era e a somar Não o que esperavam de mim Nem como queria ficar Eu agora sou assim Não sei o que vou mudar E esperar por mim é esperar pelo fim O que eu comecei sou eu a acabar.

about

Obrigado ao Leonardo Bindilatti pelo trabalho incrível de sempre e por toda a paciência que teve comigo.

credits

released January 16, 2018

Escrito, tocado e cantado por Tiago Félix
Produzido por Leonardo Bindilatti.

license

all rights reserved

tags

about

Tiago Félix Alcobaça, Portugal

contact / help

Contact Tiago Félix

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Tiago Félix, you may also like: