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Tiago

by Tiago Félix

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1.
Frio 02:06
Às vezes tenho frio Noutras sou ladrão Às vezes penso duas vezes Quase sempre não Às vezes falo sozinho Para engolir a seco Às vezes digo-o pra mim Só pra ouvir o eco Faço as pazes com quem fui Quem fui eu há um segundo Em voltas na cama Já dei a volta ao mundo Nada disto é sobre isso Tudo é nada também Nada disto é exatamente Tudo é sobre alguém Indo e vindo o tempo Só ficou eu e a canção E sobra já pouco Tiago Pra lá disto tudo Indo e vindo e tempo Continua a ser assim Fica tanto mundo e mar Pra lá de mim.
2.
Para que é que pensas tanto? Para que é que pensas tanto? Tiago, pra quê pensar tanto? Para que é que pensas tanto? O mundo é mesmo assim O teu dia foi mesmo assim Para que é que pensas tanto? Para que é que pensas tanto? O que é que eu digo pra Não dizer o que quero? Como é que se espera fazendo Avançar enquanto espero? O que é que eu faço pra Não fazer o que quero? Como se diz não dizendo Mentir e ser sincero Porque é que eu penso sempre O que não me cabe na voz? Porque é que só nos apaixonamos Pelo que é maior do que nós? Para que é que pensas tanto? Para que é que pensas tanto? Tiago, pra quê pensar tanto? Para que é que pensas tanto? Fiz voo picado De barriga pra cima Fiz a minha parte À espera que alguém notasse Poupei a cabeça na forca E comida para o jejum Passei o dia em mim Ser eu já é um disfarce Tiago, pra quê pensar tanto? Não virá nem vai voltar Tu nunca vais ser cantor Para que é que pensas tanto? O mundo é mesmo assim O teu dia foi mesmo assim Para que é que pensas tanto? Para que é que pensas tanto?
3.
Afogados 03:17
Se me chegar pra renda já fico contente Até que sabe bem baixar as expectativas Quem não tem dinheiro não tem liberdade Mas chega a impressão de voar às voltas Uma geração a tirar cafés Cheia de planos adiados Da nação dos descobrimentos Só sobraram afogados Nunca me alimentou saber quem foi Os pais dos meus avós Mas enquanto se falar do mar Não se olha pra nós E não tem mal se o país me falhar O meu país foram os meus pais E não tem mal, eu vivo do ar O país vai-me amar quando já não for preciso Digam-me lá a barba que devia ter O curso que tenho de tirar E digam como me devo vender Sem me vender. Reposicionar A profissão que vai bem comigo O país para onde devia emigrar Se fosses esperto fazias como teu irmão E ias para os aviões trabalhar E não tem mal se o país me falhar O meu país foram os meus pais E não tem mal, eu vivo do ar O país vai-me amar quando já não for preciso.
4.
Arranjo uma desculpa Pra bazar de Lisboa Uns dias em casa dos pais A fugir do que magoa Entre ficar e desistir Só me sinto bem na estrada A esperança não morreu Mas está agarrada a nada Nestes dias nada dá tesão Nem consigo ser simpático Nem sei se fazer é mexer Ou continuar estático Fiz umas canções e pintei Aproveitei pra me esmerar Há mais Tiago pra ver Mas continua tudo a cagar Não chego pra ti Não chego pra mim Não chego prós meus pais Não chego prá poesia Não chego prá canção O que é que eu posso fazer mais?
5.
Hiroshima 03:44
São flores ou cinza? Esta raiva é contra quem? Quem me dirá quanto mede o amor? Se me mata mais do que faz bem? O mundo passa em cima da cabeça Já fomos jovens e de ninguém O teu corpo e o meu Que diferença tem? As coisas voltam aos seus sítios Como se estivesse tudo igual Somos loucura e ódio Tudo isso é normal Não viste nada em Hiroshima Não viste nada em mim Ninguém sobrevive à vida Ninguém sobrevive a si Podia ensinar-te o meu nome Podia cantar-te o teu Só queria dizer o teu nome E que dissesses o meu Queria ser como precisas O meu tempo todo é teu Estou aqui e agora Alguém no mesmo tempo que eu? E esta guerra toda Afinal é por quem? De que lado é que tou Se sou eu que não tou bem? O mundo ainda não acabou Mas já não vejo ninguém Será que eu existo mesmo Se não existir em alguém?
6.
Fibonacci 02:29
Tiro o dia para chegar a conclusões Mas acho que só piorou Jogar poker com o mágico A mim nunca me ajudou Tentei parar o sol com as mãos Nem sei se me queimou Entre o que é meu e o que quero ter Afinal quem é que sou? Tou tão triste mas nem sei porquê Acho que me cansei de fingir Ter a cara que não tenho E a cabeça onde não tou Mergulhei noutra fase depressiva Mais umas semanas no deserto A pôr tudo em causa outra vez Afinal tou mais longe ou perto? O que é que aconteceu comigo? Eu não me apercebi de nada O que é que se passa comigo? É que não se passa mesmo nada Sou o Tiago. Isso quer dizer o quê? É que não quer dizer mesmo nada Se estes são os meus melhores anos Que desperdício de merda.
7.
Nunca 04:26
Passar o dia a limar Facas nas minhas unhas Sarar as feridas Com outras maiores É bom sonhar Mas depois não é bem assim Assim que descer à terra Hei de me acostumar Passar a vida a sofrer Com aquilo que não sou Recusar-me a escolher Entre o mal e o pior Eu não quero ver Mas tenho de aceitar Assim que descer à terra Hei de me habituar A minha velha tristeza Começo a não saber esconder A frase que eu nunca ouvi Mas não parei de dizer A saudade não vai embora Nem pára de crescer Mais um adeus e eu não sei Onde a vou meter Ir contra a maré e remar É só mais uma maneira de morrer Sou eu que tenho de aceitar Que não sou como os outros daqui Tornei-me tão bom a imaginar Que me esqueci de mim Fiquei a pensar as mãos Em vez de as usar Toda a gente a pensar Que sou estúpido ou panhonha Vejo na cara deles a julgar A achar que sou uma merda Fico calado sem falar A pensar a minha voz De mim até o que sou O que fica a flutuar? A minha velha tristeza Começo a não saber esconder A frase que eu nunca ouvi Mas não parei de dizer A saudade não vai embora Nem pára de crescer Mais um adeus e eu não sei Onde a vou meter.
8.
Lugar 02:08
Sobrevivi a mais uma estação O sol rodou e eu fiquei Fiz mais um disco sobre Tudo o que me correu mal Parece que fiquei Parece que ficamos Parece que o mundo ficou Tudo está no seu lugar Tudo ficou no seu lugar Ainda me despeço também Como se fosse eu a ficar Faço as malas como quem Arruma para parar E nem sei em que ponto estou Onde era suposto estar a chegar Parece que fiquei Parece que ficamos Parece que o mundo ficou Tudo está no seu lugar Tudo ficou no seu lugar.

credits

released March 15, 2019

Escrito, tocado e cantado por Tiago Félix
Gravado e produzido por Miguel Garcia
Produzido e editado por Matheus Borges

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Tiago Félix Alcobaça, Portugal

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